Vrolok
Vrolok
O senhor da guerra traz a história
de um povo milenar coberto de glória.
Povo que já viu os Cárpatos vermelhos
e lutou bravamente com coragem, sem medos.
Buscou inspiração sob o luar
e tingiu planícies com sangue magiar.
Talvez tenha herdado de seu antigo senhor
o olhar que incandesce aquilo que toca.
As mãos hábeis que para os homens é pavor
Mas que, em nós mulheres, o prazer evoca.
Nunca em minha vida acreditei em magia,
até sentir tua pele quente, gostosa, macia.
O que guarda seu olhar de fera
que aceita o destino e por ele espera?
Seria um demônio entediado na noite vagando?
Ou um negro anjo em busca do paraíso perdido?
Só sei que minha mente você segue dominando,
despertando completa e totalmente minha libido.
Tal qual um vrolok me paralisa
e minha vontade, contra mim, conspira.
Vontade e desejo próprio parecem me abandonar.
Faço tudo que vossa alteza ordenar.
Os olhos sombrios, os negros cabelos, a pele alva,
e os braços que levam luz e solidão,
é a perigosa combinação que me tira a calma,
Arrepia-me, me asfixia, em total contemplação.
Que poder é esse que você emana
que deixa minha pele completamente em chamas?
É benção, maldição ou praga
esse desejo de me perpetuar tua escrava?
Ser dominada até o mais íntimo do meu ser,
como com o inimigo fazia Vlad, o temível,
não seria vergonhoso, mais um inenarrável prazer.
Dos meus sonhos talvez o mais inconcebível...
Ah! Mas que mulher não enlouqueceria!
E a esse homem único não se entregaria!
Do resto dos meus dias abriria mão,
por uma única e inesquecível noite de paixão.
Pena não ser um vrolok de verdade...
Que indescritível prazer seus caninos em minha jugular.
Tente conceber tal grau de lealdade:
morreria pelo puro prazer de te alimentar.
Seus olhos e mãos não fariam serviço mais perfeito
do que o feito magistralmente por suas palavras em meu peito.
Meu destino agora de seus caprichos depende,
Não importa quanto um outro homem tente.
O senhor da guerra chega silencioso
altivo, belo e deliciosamente pretensioso.
Vrolok irresistível, não tenho escolha lhe pertenço.
Posto-me aos seus pés nua, sem pudores ou bom senso.
O que me ordenar, sem pesar ou pensar farei,
mas por hora, em herético êxtase, me calarei.
Lena_Dimens_ruiv@
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